sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Amizade em tempo de guerra

Filme "O Menino do Pijama Listrado" 


“O Menino do Pijama Listrado” (“The Boy in the Striped Pyjamas”), com László Áron, Amber Beattie, Asa Butterfield e Vera Farmiga. Direção de Mark Herman. © 2008 Miramax Films.


O filme “O Menino do Pijama Listrado”, narrado em 3ª pessoa, retrata a história da Segunda guerra Mundial e o nazismo, implicitamente, na visão de duas crianças que nos ensinam o que realmente é uma verdadeira amizade até mesmo diante da morte. Uma, chamada Bruno, de pura inocência, sabia apenas que os judeus eram inimigos dos nazistas e desconhecia os horrores da guerra; a outra, Shmuel, sabia apenas que não iria ter uma vida, um futuro, uma esperança.
Bruno tinha uma família cujo pai, Half, era capitão nazista, sangue frio que mal lhe dava atenção. Sua mãe, sempre ao lado da paz e da verdade, nunca concordou com o nazismo e sempre lhe dava carinho. E ainda tinha uma irmã, Gretel, de 12 anos de idade.
Viviam em Berlim, mas seu pai assumiu um cargo em um campo de concentração de judeus, e então mudaram-se para uma região campestre, desolada, perto desse campo. Bruno não gostou muito da casa nova por não ter amigos para brincar. Mas um dia olhando pela janela, avistou o campo de concentração, que para ele era uma grande “fazenda”. Achou muito estranho os “fazendeiros”, que na verdade eram os judeus, andarem de pijamas listrados.
O pedido feito para sua mãe de ir até lá foi negado, mas certo dia, “explorando” o quintal de sua casa, chegou àquela “fazenda”. Lá conheceu Shmuel, um garoto da sua idade, e logo firmaram uma amizade sincera, mesmo separados por uma cerca. Cada um do seu lado, durante os encontros esqueciam seus problemas e insatisfações.
Como lá não havia escolas, um tutor, altamente nazista, foi ensinar Bruno e Gretel, e agora Gretel deixou de brincar com suas bonecas e deu lugar a pôsteres, representando o nazismo, nas paredes de seu quarto. Um ponto interessante do filme que retratou bem que os nazistas queriam dominar tudo e todos de forma suja e repugnante.
Passado algum tempo, Bruno descobriu que Shmuel era judeu e seu tutor havia ensinado que os judeus eram inimigos, então Bruno o desprezou.
A mãe de Bruno descobriu que seu esposo era nazista e ficou muito chateada, pois não apoiava as atitudes que eles tinham em relação aos judeus, era muita tortura, mas guardou isso para si, querendo preservar a família e esconder seus filhos da realidade da vida. Logo depois, o pai de Half contou à família que Berlim foi bombardeada e sua esposa foi morta. Em seu caixão tinha uma homenagem a Hitler, e a mãe de Bruno ficou chateada, pois sabia que sua sogra também era contra o nazismo.
Depois disso ocorreu que a família de Bruno iria se mudar novamente, mas para um lugar mais seguro. Antes de sair, Bruno foi até seu amigo Shmuel, estava disposto a encontrar o pai de seu amigo, então cavou um buraco e entrou no campo de concentração. Esse clímax é muito interessante, pois vemos que bruno estava disposto a ajudar seu amigo apesar das dificuldades, e conseguiu superá-las.
Toda a família de Bruno e alguns soldados foram procurá-lo, descobriram onde ele estava mas já era tarde demais, Bruno e Shmuel foram levados, com os outros judeus, para a câmara de gás. Lá continuaram unidos, mas para a tristeza da família, Bruno morreu. O desfecho é surpreendente, pois vai mais além do que o espectador poderia supor.
O filme é emocionante e que nos faz refletir muito sobre a realidade daquela época; nos mostra a amizade de duas crianças separadas pelas barreiras do nazismo. Também consegue nos passar a dor e o sofrimento dos judeus sendo escravizados naquele campo de concentração e ao final nos mostra a tristeza da família de Bruno e a aflição de seu pai sofrendo na pele o que ele fazia com os judeus, quando viu que seu filho havia sido morto em um câmara de gás.

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